Projecto DIZERES recolhe contributos sobre o falar de Sines

O projecto DIZERES, do qual a Cátedra UNESCO em Património Imaterial é parceira, está a recolher contributos sobre o vocabulário e expressões específicas das comunidades locais de Sines.

Existe um falar em Sines, património próprio das comunidades locais, que no atual mundo digital, com a emergência de novos paradigmas de transmissão de informação, tende a desaparecer. Este falar reflete as vivências destas pessoas e a sua ligação a atividades específicas, como a pesca, a agricultura, a indústria da cortiça, entre outras. Estas palavras e expressões refletem também a origem ancestral de parte da população que ao longo dos tempos aqui se foi estabelecendo e do cruzamento de culturas e tradições.

O DIZERES é um projecto do Arquivo Municipal de Sines, em parceria com a Biblioteca Municipal, cofinanciado pelo programa Tradições da EDP Produção.

Todos os interessados em contribuir para a recolha poderão fazê-lo através deste formulário.

Aprender Barraquenho. Promover o Património Imaterial do Alentejo.

A Universidade Popular Túlio Espanca da Universidade de Évora (UPTE/UÉ) promove uma aula de Barranquenho no próximo dia 21 de Fevereiro, às 14:30, na sala 131 do Colégio do Espírito Santo.

Bravo Nico, Director da UPTE/UÉ classificou a iniciativa como “inédita e de grande simbolismo para a cultura do Alentejo e para o diálogo entre a academia eborense e o território onde se localiza“.

A aula é aberta aos membros da academia e da comunidade e tem entrada livre.

A Cátedra UNESCO de Património Imaterial congratula-se com essa iniciativa, por considerar fundamental a promoção do Barranquenho junto à comunidade. É também através da sensibilização que podemos valorizar o Barranquenho enquanto património imaterial da nossa região.

Quer saber mais ?

Conheça o projecto da Cátedra UNESCO para a salvaguarda do Barraquenho.

A Tabela Periódica Humana e o Saber Fazer Tradicional

O Ano de 2019 foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas e pela UNESCO como o Ano Internacional da Tabela Periódica (IYPT2019) celebrando assim os 150 anos desde que foi criada pelo químico russo Dimitry Mendeleiev com os 63 elementos conhecidos à data.

A tabela periódica atual é composta por 118 elementos e segundo Carlos Fiolhais

“tudo é feito a partir dos 118 elementos. A tabela é o código de toda a matéria do universo”.

No âmbito das celebrações do Ano Internacional da Tabela Periódica diversas Instituições de Ensino Superior elaboraram no passado dia 29 de janeiro de 2019, em várias cidades, Aveiro, Braga, Castelo Branco, Covilhã, Évora, Faro, Funchal, Lisboa, Porto, Tomar e Vila Real, e em simultâneo, Tabelas Periódicas Humanas.

O Departamento de Química da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora associou-se a este evento da Sociedade Portuguesa de Química, organizando, com a colaboração da Escola Secundária Gabriel Pereira, a Tabela Periódica Humana em Évora, no Claustro maior do Colégio do Espírito Santo, um dos locais mais emblemáticos da Universidade e da Cidade de Évora!

Cristina Galacho
Membro da comissão organizadora

O saber tradicional e a ciência

O saber fazer fazer tradicional não pode ser visto como um mundo separado do saber científico e técnico. A ciência, e o fazer científico, andam de mão dadas com o desenvolvimento do saber fazer tradicional, em áreas tão diversas como a agricultura, a medicina ou a química.

A criação da tabela periódica pelo investigador russo Dimitry Mendeleiev é um acto de saber e inteligência importante de sublinhar. Da mesma forma o é a evolução dessa representação sistemática dos elementos químicos, que reúne o saber de diversos investigadores dispersos no tempo e espaço e resulta num instrumento de registo da evolução do saber científico.

Filipe Themudo Barata e Natália Melo
Cátedra UNESCO em Património Imaterial